La Niña continua castigando com chuvas e agrava possibilidade de enchentes: 23 municípios no AM já estão em situação de atenção

Municípios do interior do Amazonas já sofrem com efeito de subida dos rios. FOTO: Divulgação/Secom.

DA REDAÇÃO

MANAUS – | O fenômeno La Niña tem provocado a intensificação das chuvas na Amazônia e 23 municípios do Amazonas estão em situação de atenção, com a subida dos rios, sob risco de enchentes mais graves. Desses, cinco estão em situação de emergência e seis em situação de alerta, de acordo com a Defesa Civil do Estado.

Manaus deverá também sofrer os impactos da subida do Rio Negro, mas não tão grave quanto a registrada no ano passado, de acordo com o Serviço Geológico do Brasil – CPRM, que emitiu, na quinta-feira, 31, o primeiro alerta de cheias dos níveis dos rios da Amazônia, especificamente os rios que cortam os municípios de Manaus, Manacapuru e Itacoatiara.

Segundo os pesquisadores, em junho, o Rio Negro deve atingir a cota máxima de 29 metros e 4 centímetros no período de cheias, abaixo da cota histórica do ano passado que foi de 30 metros e 4 centímetros.

Segundo a diretora do CPRM, Alice Castilho, o fenômeno La Niña já impactou o volume de chuvas no Brasil no início do ano, prova disso foram as inundações na Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A expectativa é que as precipitações continuem acima do esperado até maio.

O alerta do CPRM é corroborado pelo 1º Distrito de Meteorologia (Disme) do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), conforme publicado pelo CANAL TRÊS. De acordo com o chefe do 1º Disme, Flavio Natal Mendes de Oliveira, o clima está chuvoso a muito chuvoso em Manaus desde 2020, sempre excedendo o padrão normal, inclusive dentro do período seco.

Os municípios estão sendo monitorados e 23 estão sob atenção. FOTO: Divulgação/Secom.

A Defesa Civil do Amazonas divulgou a lista de municípios em situação de atenção. Ao todo são 23 localidades. O levantamento de dados é realizado por meio do Subcomando de Ações de Proteção e Defesa Civil, através do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa) e da gerência regional, que realiza, diariamente, o acompanhamento com os coordenadores de cada município.

A Defesa Civil informa que o panorama atual das calhas é de transbordamento para as bacias do Juruá e Purus; de atenção, para as bacias do Madeira, Alto Solimões, Médio Solimões, Baixo Solimões, Médio Amazonas, Baixo Amazonas e Rio Negro.

O panorama é de atenção em 12 municípios, concentrados nas calhas Calha do Madeira (Humaitá, Manicoré), do Alto Solimões (Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá), do Médio Solimões (Fonte Boa), Baixo Solimões (Manacapuru, Careiro da Várzea), Médio Amazonas (Itacoatiara), Baixo Amazonas (Parintins) e Rio Negro (Manaus).

Os municípios em situação de alerta estão situados nas calhas do Juruá (Itamarati), Purus (Pauini, Lábrea, Canutama), Madeira (Borba, Nova Olinda do Norte).

Em situação de emergência estão os municípios das calhas do Juruá (Guajará, Ipixuna, Envira, Eirunepé) e do Purus (Boca do Acre).

Os demais municípios encontram-se em situação de normalidade quanto ao nível dos rios.

Sobre o alerta – Atualmente, o CPRM opera 17 sistemas de alertas de cheias no país. O de Manaus é o mais antigo. Mais dois alertas estão previstos para serem emitidos. O próximo no dia 30 de abril e o seguinte em 30 de maio. Um quarto aviso, em junho, ainda pode ser emitido se for necessário.

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