Juiz condena ‘Lucas Picolé’ por tráfico de drogas e absolve ‘Mano Queixo’

O influencer manauara João Lucas da Silva Alves, mais conhecido como Lucas Picolé, enfrentará uma sentença de três anos e quatro meses de prisão pelo crime de tráfico de drogas. O veredito foi anunciado pelo juiz Jean Carlos Pimentel dos Santos, da 1ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes, na Comarca de Manaus.

O magistrado levou em consideração que Picolé é réu primário e possui uma ficha limpa. A punição será cumprida por meio de serviços comunitários e reclusão nos finais de semana, acompanhada pelo pagamento de uma multa aproximada de R$ 14,6 mil. No entanto, ele tem a possibilidade de recorrer em liberdade.

No mesmo veredicto, o juiz concedeu absolvição a Enzo Felipe da Silva Oliveira, conhecido como Mano Queixo, pelas mesmas acusações imputadas a Picolé.

A prisão da dupla ocorreu em flagrante no dia 29 de junho, no bairro Novo Aleixo, zona norte de Manaus. Os policiais executavam um mandado de busca e apreensão contra Picolé como parte da Operação Dracma, que investiga atividades fraudulentas em rifas ilegais em Manaus. Durante a operação, foram encontradas 175 unidades de droga sintética (LSD) e três munições de fuzil calibre.762 dentro de um veículo de luxo.

Lucas Picolé e Mano Queixo estão presos no CDPM (Centro de Detenção Provisória Masculino). A defesa deles aguarda a liberação deles.

O juiz rejeitou a alegação de associação criminosa. Ele sustentou que “não restou demonstrada a existência de vínculo associativo estável entre os Réus que ultrapassasse a mera convergência ocasional de vontades para a prática do tráfico de entorpecentes”.

O juiz considerou a pequena quantidade de munições e declarou: “Embora o crime de porte de munições seja um delito de mera conduta e perigo abstrato, quando há a apreensão de uma pequena quantidade de munição sem o armamento capaz de utilizá-la, é justificado reconhecer a falta de relevância material da ação, já que não há lesão ou probabilidade de dano ao bem jurídico protegido pela lei penal”.

Além disso, o juiz ordenou a incineração dos entorpecentes apreendidos.

Vilson Benayon, advogado dos acusados, afirmou sua intenção de apelar da decisão proferida.

Lucas Picolé e Mano Queixo também enfrentam acusações adicionais do Ministério Público do Amazonas por crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro em outro processo, derivado da Operação Dracma.

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