A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) concluiu o inquérito que investigou a venda de rifas ilegais em Manaus, e indiciou oito pessoas por 11 crimes distintos. O procedimento faz parte da Operação Dracma que foi deflagrada nos dias 29 de junho e 5 de julho e resultou nas prisões de influenciadores.
Os influenciadores Aynara Ramilly, Enzo Felipe da Silva Oliveira (Mano Queixo), Isabelly Aurora e Lucas da Silva Alves (Lucas Picolé) e outras quatro pessoas envolvidas no esquema foram indiciados.
De acordo com o delegado Cícero Túlio, responsável pelas investigações, os trabalhos policiais iniciaram no início deste ano, tendo sido apurado a existência de uma organização criminosa responsável por gerir o esquema de rifas clandestinas e ilegais, promovendo dissimulação e lavagem de dinheiro.
Durante análise nos equipamentos eletrônicos dos indiciados, foi constatado que eles manipularam ganhadores dos sorteios.
“Identificamos que Aynara Ramilly, ‘Mano Queixo’, Isabelly Aurora e ‘Lucas Picolé’, mantinham um esquema de divulgação e promoção dos jogos de azar, dissimulando os recursos decorrentes das vendas de bilhetes eletrônicos por meio da lavagem de dinheiro”, disse.
Ainda de acordo com o delegado, durante as investigações foi possível identificar que o ex companheiro de Isabelly Aurora, identificado como Paulo Victor Monteiro Bastos, assim como a mãe dela, Isabela Simplício, auxiliavam na lavagem de dinheiro e ocultação de recursos, além de emprestarem suas contas correntes para receber os valores das vendas.
“Outro integrante do grupo criminoso, identificado como Marcos Vinicius Alves Maquiné, também foi indiciado após se apresentar à polícia e confidenciar que cerca de um milhão de reais teria passado por sua conta no esquema de lavagem de dinheiro, tendo ainda viabilizado a compra de um veículo Toyota Hillux, apreendido durante a segunda fase da Operação Dracma”, falou.
A cunhada de “Lucas Picolé”, identificada como Flávia Ketlen Matos da Silva, presa na primeira fase da Operação Dracma, era responsável por gerenciar a lavagem do dinheiro e escoar os recursos oriundos das rifas do cunhado, dissimulando todo dinheiro na manutenção de uma loja de roupas falsificadas.
O delegado pontuou ainda, que durante as ações policiais, mais de uma tonelada de produtos de vestuário falsificados foram apreendidos, e dez veículos, incluindo uma motocicleta adulterada, também foram apreendidas. Durante o cumprimento das buscas, 175 unidades de drogas sintéticas (LSD) foram encontradas, além de munições de fuzil.
As investigações concluíram que “Lucas Picolé” e “Mano Queixo” também negociavam armas de fogo e munições, além de estarem envolvidos com tráfico de drogas sintéticas.
Os indiciados responderão pelos crimes de associação criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro, fraude no comércio, promoção de jogos de azar, sonegação tributária, crimes contra as relações de consumo, publicidade enganosa, receptação qualificada, fraude processual e apologia ao crime.
Além disso, “Lucas Picolé” e “Mano Queixo” foram indiciados por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, posse irregular de munição de uso restrito e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. O Inquérito Policial foi finalizado e remetido à Justiça.