De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,08% em junho, após alta de 0,23% no mês anterior.
Conforme o IBGE, essa foi a menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice caiu em 0,23%. No acumulado de 12 meses até junho, o IPCA teve alta de 3,16%, contra alta 3,94% do mês anterior.
O resultado representa o quarto mês seguido em que a inflação perde força.
Influências
Os dados mostram que o resultado de junho foi influenciado, principalmente, por quedas nos setores de alimentação e bebidas (-0,66%) e transportes (-0,41%).
Na alimentação, o recuo se deu, principalmente, por causa da redução dos preços da alimentação no domicílio. Tiveram quedas nos preços do óleo de soja, das frutas, do leite e das carnes.
Já com relação aos transportes, em junho foi registrada baixa nos preços dos automóveis novos e usados. Além disso, houve queda nos preços do óleo diesel, do etanol, do gás veicular e da gasolina.
Já com relação às altas, o maior impacto e variação veio de habitação, com índice de 0,69%. O principal fator que gerou esse aumento foi a conta da energia elétrica residencial em regiões como Belo Horizonte, Recife, Curitiba e Porto Alegre.
Deflação
O IBGE também divulgou hoje o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve queda de 0,10% em junho (primeira deflação desde setembro de 2022) e acumula 3% nos últimos doze meses. O INPC abrange o custo de vida para famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos.