GLAUCOMA: oftalmologista esclarece sobre prevenção e diagnóstico precoce

Glaucoma pode levar à cegueira irrersível e exame anual é fundamental. FOTO: Arquivo/SES.

MANAUS – | O Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, nesta quinta-feira (26), é voltado para a conscientização da população sobre o diagnóstico, tratamento e acompanhamento especializado. A oftalmologista da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), Danielle Carioca, que atua na Policlínica Governador Gilberto Mestrinho, explica quais fatores de risco são sinais de alerta para a doença e a importância da identificação precoce.

O glaucoma é uma doença que acomete os olhos e é influenciada pela pressão ocular, ocasionando um dano no nervo óptico. Existem tipos diferentes de glaucoma, sendo mais frequente o Glaucoma Primário de Ângulo Aberto, principalmente em adultos, conforme a médica.

“É esse que está ligado ao fator genético, acomete principalmente pacientes acima de 40 anos que tem os fatores de risco que é herança hereditária. Existem alguns outros tipos de glaucoma secundário a outras doenças, por exemplo, diabetes pode causar um tipo de glaucoma, que é o glaucoma neovascular, existe o glaucoma corticogênico, que é o glaucoma causado pelo uso a longo prazo de corticoide”, explicou.

De acordo com a oftalmologista, o glaucoma pode levar à cegueira irreversível, e por ser uma doença silenciosa e assintomática, na maior parte das vezes, a prevenção é um dos principais métodos para o evitar o desenvolvimento da forma grave. O indicado é realizar, pelo menos uma vez ao ano, uma consulta oftalmológica, independentemente de apresentar sintomas que afetem a visão.

“Muitas vezes a gente consegue fazer o diagnóstico em um simples exame de fundo de olho, que é feito numa consulta básica oftalmológica. Apenas pode ser observado por um médico oftalmologista que tem a capacidade de fazer um bom exame de fundo de olho para avaliar o nervo ótico do paciente e também, como complementar ao exame, a avaliação da pressão intraocular”, enfatizou a médica.

Tratamento
Com o diagnóstico, o acompanhamento pode ser de forma clínica, por meio de consultas periódicas, além de outros tratamentos voltados para terapias a laser ou cirurgias. Para manter a pressão intraocular controlada, são usados colírios sob prescrição médica.

“O objetivo do tratamento é evitar a progressão da doença, que o paciente fique cego. A gente faz um acompanhamento regular com o paciente, dependendo muito do quadro, se é um glaucoma leve, moderado ou avançado. Mas a gente faz acompanhamentos regulares, a cada quatro, seis meses, dependendo do caso. A gente acompanha a pressão intraocular e os exames complementares que vão nos guiar para saber se a doença está sob controle”, evidenciou a oftalmologista.

Atendimento
Para início do tratamento de glaucoma no Sistema único de Saúde (SUS), é necessário que o usuário possua um encaminhamento de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou da rede estadual de saúde para que seja direcionado ao especialista.

O profissional indicado para o tratamento da doença é o oftalmologista. Unidades como as policlínicas da rede estadual de saúde realizam consultas e acompanhamento da doença nos pacientes, além de clínicas conveniadas, credenciadas pelo SUS.

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