Esse ano eu vou brincar de boi, de asa dura ou no leme da embarcação: mas, perainda parente!

Redes armadas nos barcos são das imagens mais icônicas do festival. Foto: Ingrid Anne/Manauscult

DA REDAÇÃO

MANAUS – | Depois de dois anos suspenso em função da pandemia de Covid-19, o Festival Folclórico de Parintins está de volta, com toda a sua magia, com as apresentações dos bois-bumbás Garantido e Caprichoso confirmadas para os dias 24, 25 e 26 de junho, último final de semana do mês. O anúncio feito pelo Governo do Amazonas na semana passada acelerou o coração dos apaixonados por uma das maiores festas populares do Brasil e muita gente já começou a fazer suas pesquisas de preço para saber quanto terá que reservar para curtir três ou quatro dias na ilha.

Não vai sair barato. Preços de passagens aéreas foram impactadas pelo aumento do preço de combustível e, desta vez, ao contrário de outros festivais, quando quem pretendia ir a Parintins tinha no mínimo seis meses para se programar, o tempo é bem menor e as escolhas também. Deverá pesar no bolso, também, os preços de alimentos, impactados pela alta inflação registrada.

Os gastos começam com o deslocamento ao evento, no município de Parintins, a 369 quilômetros de Manaus. De ‘asa dura’, de barco ou de lancha? O trajeto de Manaus a Parintins tanto pode ser feito por via aérea quanto por via fluvial, utilizando os motores de recreio e as lanchas rápidas.

As passagens de avião para este período estão pela hora da morte, como reclamam amantes do festival em suas redes sociais. Foi o caso, por exemplo, do sambista Ivo Meirelles, que usou sua conta no twitter para denunciar os preços abusivos. Na pesquisa dele, duas passagens ida e volta Rio-Parintins custariam R$ 17 mil, sem direito a hospedagem. “Vergonhoso! É pra acabar com o Festival de Parintins?”, se indignou o sambista.

De acordo com o site Viajanet, existem hoje 34 voos disponíveis para o período no trecho Manaus-Parintins-Manaus, com a passagem mais barata sendo ofertada por R$ 2.420 reais (VoePass) e a mais cara por R$ 4.183 (Azul). Quanto mais se aproxima o período do festival, a tendência é que essas passagens fiquem mais raras e mais caras.

A Amazon Best, operadora oficial do festival, fechou o seu pacote de viagem com a companhia Azul. Outras agências locais, como a Tucunaré Turismo e a Paradise, também oferecem pacotes que incluem passagem de avião, ingressos e hospedagem em Parintins para quem quiser curtir o festival, mas os valores devem ser consultados com antecedência, uma vez que os pacotes se esgotam rapidamente.

Os preços das passagens de lancha rápida e de barcos para o período, bem como o calendário das viagens ainda não foram divulgados. A Agência Prestes, uma das operadoras desse tipo de passagem informou ao CANAL TRÊS que ainda este mês estará fechando a programação para o período do festival e que os valores, dias e horários poderão ser consultados na sua página do Instagram (Agência_Prestes).

Passagens de barco saem mais baratas. Fotos: Ingrid Anne/Manauscul

Outra agência que opera com passagens de barco e lanchas rápidas, a Joãozinho Representações, informou que tanto a programação quanto os preços só serão divulgados a partir de 1º de maio. Hoje, de acordo com a agência, o preço médio da passagem de barco é de R$ 150 e o de lancha R$ 250. Após 1º de maio, preços e calendário estarão disponíveis no facebook e instagram da ag.joãozinho.

Onde ficar – Resolvido o deslocamento, vem outra questão séria: onde ficar, com relativo conforto e segurança?
A Amazon Best vai oferecer hospedagem do tipo pousada a partir de R$ 3.400 para duas pessoas, no período de 23 a 27 de junho.

Quem opta por viajar de barco, normalmente dorme – e quem dorme durante o festival de Parintins? – no próprio barco, seja em poucos e raros camarotes ou em redes. E aí vai um item que requer muita atenção, pois quem viaja de barco, obrigatoriamente, tem que levar sua rede e o armador que é feito, normalmente, com cordas de fibra ou de nylon.

As lanchas rápidas também são opção de transporte mais barato. Foto: Ingrid Anne/Manauscul

Quem vai de avião ou de lancha rápida deve providenciar um lugar para ficar. Hotéis são raros, caros e, com frequência, não há vagas para o período. A saída são os aluguéis temporários. Muitos moradores de Parintins oferecem suas casas, apartamentos e quartos para hóspedes temporários. Mas os preços também são salgados.

No site Air Bnb, que oferta esse tipo de acomodações para todo o Brasil, existem no momento quatro ofertas para o período do festival em Parintins. Por exemplo: uma casa para 5 hóspedes, com 2 quartos, 3 camas e 2 banheiros, sai por R$ 2.168 a noite, ou seja, R$ 6.505 para as três noites, incluindo taxas. Uma outra acomodação pequena, com uma cama e banheiro, onde sugere-se que podem ser recebidos três hóspedes, está sendo ofertada por R$1.226 por noite ou R$3.677 para as três noites.

Então, o famoso jeitinho brasileiro pode ser a salvação. Vale ligar para os amigos que moram na Ilha para conseguir uma acolhida ou até mesmo negociar diretamente uma vaguinha temporária. Mas, deixar para a última hora é, sempre, uma má ideia.

Esses são os gastos iniciais. Se você não pretende gastar dinheiro com ingressos, prepare-se para enfrentar as filas para as arquibancadas e fazer parte de um item valioso na composição do campeonato para um dos bois: a galera vermelha e branca ou a marujada azul e branca. Caso contrário, você poderá comprar os ingressos para as cadeiras especiais ou camarotes, mas os preços ainda não foram divulgados pelas operadoras.

A má notícia é que todos os ingressos para arquibancada especial, central e cadeiras de arena já estão esgotados. Isso porque a Amazon Best vendeu esses ingressos para o festival de 2020, que não foram utilizados. A boa notícia é que quem comprou esses ingressos poderá utilizá-lo na edição deste ano, segundo informou o diretor de vendas da empresa, Diego Oliveira. “Quem estiver com voucher de compra feita no site, vai retirar direto em Parintins no escritório da Amazon Best”, afirmou.

Outros custos que devem ser levados em conta são com alimentação e bebida. Em Parintins, em tempo de festival folclórico, os preços costumam subir e muito.

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