MANAUS – AM | O fim do ano está chegando e com ele as preocupações com algumas despesas inevitáveis, que acontecem sempre em janeiro e fevereiro, como matrícula e compra de material escolar, além de pagamento ou início de parcelamento de impostos como o Predial e Territorial Urbano (IPTU) e sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Esses gastos muitas vezes comprometem o orçamento, já achatado com as compras das festas natalinas.
O coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Teresa, Roberto Melo, diz que não há como se livrar das contas, mas é possível se organizar, para evitar que as dívidas se acumulem. Segundo ele, o ideal para quitar as despesas de início de ano sem ficar no aperto é ter se preparado ao longo de 2021, fazendo uma reserva financeira para esse fim. Mas isso nem sempre é possível. “Mesmo sabendo que essas contas são compromissos inevitáveis, é comum apertar o orçamento. Por isso, a importância do planejamento financeiro”, disse.
Para tentar se organizar, algumas dicas podem ajudar. A primeira orientação é relacionar, em uma planilha, todas as despesas a serem pagas – com a descrição do valor e data de vencimento. Incluir, também, as condições de pagamento, para avaliar, por exemplo, se tem desconto na quitação à vista e juros no parcelamento.
De acordo com Roberto Melo, guardar parte do pagamento do 13º salário para quitar todas ou algumas das dívidas do início do ano, irá aliviar bastante o orçamento. “Se for possível faça o sacrifício de pagar à vista. É uma excelente alternativa e pode render bons descontos. Se for parcelar, verifique se não tem juros incluídos no valor”, frisou.
Outra dica é buscar uma fonte de renda extra. “Avalie a possibilidade de usar alguma habilidade para ganhar dinheiro, como por exemplo, cozinhar ou produzir algo que possa vender. Essa alternativa pode ser adotada o ano todo e ajudar bastante no orçamento familiar”, destacou.
Roberto Melo acrescenta que a dica principal é se planejar, para não sofrer novamente com as dívidas ano que vem. Ele orienta que as pessoas poupem um pouco de dinheiro durante todo o ano, além de ter atenção com os gastos excessivos.
Se tiver sobrado algum valor do 13º salário, a recomendação é aplicar o dinheiro e não gastar fazendo novas dívidas. Investimentos como os Certificados de Depósito Bancário (CDB) e o Tesouro, rendem mais que a poupança, e o dinheiro não fica parado na conta.
Roberto Melo orienta, também, evitar os gastos invisíveis, aqueles que as pessoas consideram irrelevantes, mas que quando colocados no papel têm grande impacto no orçamento, como a anuidade do cartão de crédito e pedidos de comida no delivery. “As pessoas acabam não considerando essas despesas, porque são do dia a dia, mas se puder evitá-las, maior será a economia”.
É importante também planejar os gastos. “Se a pessoa quer comprar uma TV, por exemplo, o ideal é adquirir à vista ou ter uma boa quantia para dar entrada no parcelamento. Às vezes é melhor aguardar e esperar um momento melhor para fazer a compra”.
O coordenador reforça que é preciso seguir as orientações, para manter uma vida financeira equilibrada, com crédito no mercado e podendo fazer suas compras com tranquilidade.