EMPREENDEDORISMO: Alimentação é um prato cheio para quem sonha com seu próprio negócio

Rafael, publicitário, decidiu apostar na produção de bolos. FOTOS: Arquivo Pessoal.

Olívia Almeida

MANAUS -|Do tradicional brigadeiro a pratos que fazem parte da gastronomia internacional, o ramo da alimentação tornou-se uma opção de investimento que atrai diversos perfis de empreendedores. A versatilidade nesse negócio permite inovar e explorar diversos modelos, entre eles, restaurante, delivery, venda ambulante e em quiosques.

Foi exatamente a possibilidade de inovar no mercado, que levou a advogada Marcela Martins a criar a Konioca. Durante um intercâmbio, a empresária teve a ideia de inventar uma máquina para fazer tapioca em forma de cone, e foi assim que surgiu a Konioca.

Marcela e a Konioca que virou mania. FOTO: Arquivo Pessoal.

“Tem seis anos que iniciei a trajetória de construção, viabilidade e execução da empresa”, conta Marcela, que se prepara para abrir uma loja no Amazonas Shopping, no próximo mês.

Para Marcela, o maior desafio que já enfrentou e ainda enfrenta é o de construir um negócio do zero. “Desde a máquina, goma específica, até o modelo de negócio sem concorrência direta, o que dificulta a construção de análise de mercado mais específica”, explicou a empresária.

Ela revela que empreende desde os 18 anos. Já teve lan house e clínica médica. Apesar dos empreendimentos não terem dado certo, Marcela acredita que isso trouxe ensinamentos em diversas áreas, resiliência, proatividade e, principalmente, pensar fora da caixa, por apostar em sempre ser diferente no nicho em que se propôs trabalhar.

Para quem sonha em empreender ou criar algo, as dicas dela são: “Não escute quem nunca construiu nada. Faça programação financeira e, se for casada (o), vai ser imprescindível que a (o) parceira (o) esteja na mesma página que você. Por último, mas a base de tudo, ame o seu sonho, acredite nele, viva o seu sonho, vista a camisa mesmo”, aconselha.

Da confecção a confeitaria – Outro empreeendedor que se encontrou no ramo da alimentação foi o publicitário Rafael Fernandes, de 36 anos, que há mais de 2 anos e meio criou a Fernandes Cakes Confeitaria. “Meu sonho de ter o próprio negócio me levou a ter coragem para sair da CLT e partir para o meu próprio negócio”, disse.

Funcionando apenas para retirada de encomendas e delivery, a confeitaria de Rafael tem se destacado na comercialização de bolos vulcão e os kit festa. No entanto, sempre há novidades no cardápio da marca.

Antes da confeitaria, ele já havia trabalhado com confecção e venda de camisas no atacado, principalmente para eventos. “Com a pandemia, de uma hora para outra vimos esses números reduzirem, aí foi que veio a ideia de fazer bolo, que eu já fazia para amigos e familiares, mas então decidi vender”, conta o empreendedor.

Rafael começou fazendo os bolos e kit festa na cozinha de casa, até que chegou o momento em que o local já estava pequeno para a demanda que tinha, sendo necessário investir em mais uma geladeira, um forno maior. Assim, decidiu alugar um ponto para ter uma cozinha maior para trabalhar com delivery.

Para ele, um dos maiores ensinamentos que o empreendedorismo tem lhe proporcionado é o de entender a importância de estar constantemente aprendendo. “Devemos testar e arriscar para conseguir o que queremos”, afirma Rafael.

Estela leva sua culinária para onde o cliente pedir. FOTO: Arquivo Pessoal.

Incentivar a empreender – Também durante a pandemia, a massoterapeuta Estela Andrade, de 43 anos, viu na gastronomia a chance de uma renda extra. Hoje, ela investe num curso de cozinheira, para se profissionalizar cada vez mais.

“Meu diferencial é levar a qualidade de um ótimo serviço e sabor inigualável aos meus clientes, para que se sintam felizes e satisfeitos”, comentou Estela, que preferiu deixar a massoterapia para atuar como chef na casa de clientes e em eventos, além de oferecer capacitação para colegas de profissão.

A dica da empreendedora para quem tem interesse em atuar no ramo de alimentação é investir em qualificação, organizar-se financeiramente e buscar orientação profissional ou suporte para aprimorar o serviço. “E tenha paciência, que no tempo certo as coisas acontecem”, aconselha Estela.

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