BRASIL – | O mercado do ecoturismo, ou turismo sustentável, movimentou 176 bilhões de dólares em 2020 no mundo, segundo dados da empresa de pesquisas americana Million Insights. E 2020 foi um ano em que o mundo parou por conta da pandemia do Coronavírus e o Turismo foi um dos principais afetados.
O prejuízo global no setor por conta da covid-19 pode ter chegado a 4 trilhões de dólares, seguindo uma avaliação feita pela Organização Mundial do Turismo (OMT) e a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), com base nas perdas em cascata de todos os setores relacionados ao turismo.
A projeção para o setor é alcançar 385 bilhões de dólares até 2028, um crescimento anual superior a 10%. Para além da grana, é um segmento que emprega muita gente. Líder em atrair esse tipo de turista, a Austrália conta com mais de 1 milhão de pessoas trabalhando na área.
O Brasil, apesar de superar a Austrália em biodiversidade, ainda é tímido nesse mercado. Estima-se que o turismo sustentável movimente, por aqui, não mais do que 80 milhões de dólares ao ano. Ainda assim, o Brasil foi o destino escolhido por cerca de 19 milhões de estrangeiros nos últimos três anos, de acordo com o Ministério do Turismo e o Ecoturismo foi o motivo de viagem de 18,6% desses turistas.
Este ano o segmento já apresenta boas perspectivas. Com a transformação na rotina e os cuidados diários para se proteger, a prioridade de uma boa parcela da população na hora de escolher um destino para viajar mudou. As pessoas passaram a procurar por viagens que tenham mais conexão com a natureza a fim de suprir o “déficit de natureza” que sofreram durante o período mais crítico da pandemia.
Consequentemente, o ecoturismo ganhou força entre os viajantes. Uma pesquisa feita pela agência virtual Viajanet, com os principais buscadores digitais, aponta que o termo “turismo natureza” aumentou 133% e “turismo ecológico” cresceu 23% no último ano.