Disfunção na mandíbula pode levar a sérios problemas de saúde, como as dores de cabeça

Estalos na região da mandíbula, dificuldade para abrir e fechar a boca e até dores de cabeça frequentes podem ser sinais de alerta para um problema que afeta milhares de pessoas, a Disfunção Temporomandibular (DTM).

Referência no Amazonas há 15 anos no estudo e tratamento da DTM, a fisioterapeuta e mestre em Ciências da Reabilitação, Joelma Magalhães, explica que para a Academia Americana de Dor Orofacial, a Disfunção Temporomandibular é um termo coletivo que abrange um largo número de problemas clínicos. Envolvendo a musculatura mastigatória, as articulações da região (ATM) e suas estruturas associadas. “Essas articulações e músculos são responsáveis por funções importantes, como a mastigação, fala e deglutição, além de respiração e estética facial”, enumera.

Ela destaca que diversas pesquisas estimam que cerca de 75% da população possa experimentar algum sinal de DTM durante a vida e 5% a 10% vão precisar de tratamento, pois terão episódios de dor ou disfunções aparentes.

Joelma Magalhães pontua que as DTM são divididas em musculares e articulares, e também podem se apresentar de forma mista. Ruídos articulares, como estalos, estalidos, crepitação, limitação ou dificuldade de abrir e fechar a boca, dor de cabeça e dores musculares e articulares são alguns dos sintomas mais presentes nas disfunções temporomandibulares.

De acordo com a profissional, o quadro de DTM pode comprometer bastante a qualidade de vida das pessoas, por isso a importância de uma excelente avaliação, para o correto diagnóstico e tratamento adequado. É bastante comum, diz ela, que os sintomas da DTM venham acompanhadas de dor de cabeça. “Essa dor pode ser de leve à moderada e prolongada, comprometendo a rotina diária deste indivíduo que sofre com este distúrbio. Muitos pacientes também podem relatar cansaço ou dor diretamente na mandíbula pela manhã, o que é sinal de que a qualidade do sono está sendo comprometida”, frisou.

Um ponto de atenção e que acontece com frequência, alerta Joelma Magalhães, é o uso indiscriminado de remédios para dor. “A recomendação é sempre procurar um profissional qualificado da área, de preferência fisioterapeuta ou dentista, para o correto diagnóstico e tratamento. A automedicação pode levar a sua dependência e outros problemas graves de saúde”, afirma.

As causas do aparecimento da DTM são multifatoriais, mas hábitos como apertar e ranger os dentes e tensionar a musculatura da mandíbula, conhecido como bruxismo, contatos desiguais na arcada dentária, predisposição genética e principalmente estresse, depressão e ansiedade, podem ser geradores, já que essas aumentam a tensão muscular da região.

O diagnóstico, diz ela, é feito a partir dos sinais e sintomas presente no paciente e o tratamento pode exigir o acompanhamento com diferentes profissionais especializados na área de DTM e dor orofacial, como dentista e fisioterapeuta.

Joelma Magalhães acrescenta, ainda, a importância do papel do fisioterapeuta no tratamento. “No consultório, trabalhamos diferentes tipos de abordagens, desde exercícios e técnicas de terapia manual direcionadas para a Articulação Temporomandibular, quanto para a musculatura e estruturas da região de cabeça e pescoço; intervenções com laserterapia, compressas quentes, e outros instrumentos, podem também ajudar neste processo. Mas, deve-se lembrar que o indivíduo precisa entender o que pode levar a tal disfunção, e promover através da educação ativa mudança de hábitos e comportamento para controlar e modular seus sintomas presentes”, explica.

Joelma Magalhães é referência e pioneira no Amazonas em Disfunções, Cirurgias e Tratamento da Dor na área de Cabeça e Pescoço. Atuando há 15 anos no mercado, ela faz parte da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED) e coordena o Comitê Científico de Cefaleia da entidade, além de pertencer ao grupo Head and Neck Pain Brazil. A fisioterapeuta atende na clínica localizada no Edifício Empire Center, na Avenida Constantino Nery, sala 303.

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