MANAUS – |Eles estão na linha de frente no atendimento dos postos de combustíveis. Alguns se destacam pela gentileza, outros por esbanjarem simpatia e chegam a virar até confidentes do consumidor mesmo na rápida passagem pelos postos de combustíveis. No Dia Nacional do Frentista (20/07), ouvimos algumas histórias da rotina desses profissionais.
Everton Tiago Marques, de 31 anos, é quase um estreante como frentista. Está há apenas quatro meses em um posto da Distribuidora Atem, no bairro Lírio do Vale, na Zona Oeste. Apesar do pouco tempo, já foi apontado por seu gerente como um dos frentistas mais elogiados pelo consumidor.
“Eu procuro receber o cliente sempre com um sorriso no rosto. Porque a gente nunca sabe o que aquela pessoa está passando no dia”, conta Marques. “Eu já consigo perceber a reação delas: se estão com cara fechada, triste, eu logo pergunto se está tudo bem e algumas acabam contando o que estão passando”.
Marques recorda-se de um cliente, semana passada, que contou estar muito triste porque seu pai havia falecido. “Eu prontamente tentei dar uma palavra de conforto pra ele: eu disse que, às vezes, as dificuldades aparecem na nossa vida, mas que era importante seguir em frente. Ele me agradeceu e disse que era muito bom encontrar alguém com o sorriso no rosto e palavras de esperança”.
Outro que foi apontado como um frentista bem avaliado pelos clientes é Carlos Soutelo Monteiro, 43 anos. Ele está há 1 ano e 3 meses atuando como frentista, no mesmo posto de Éverton, da Distribuidora Atem. Com mais experiência, ele conta que gosta tanto do que faz que sua expectativa é a de crescer na empresa, o que significa poder ser um chefe de pista ou até mesmo um gerente.
Monteiro disse que é comum as pessoas o procurarem para agradecer e elogiar o atendimento. A receita para ser um bom frentista, segundo ele, é saber dar atenção no momento certo e gostar de conviver com pessoas. “Normalmente, eles saem mais felizes daqui e dizem que é porque sou muito educado e atencioso. Com o tempo, a gente consegue identificar aquele cliente que chega diferente, com o olhar vazio e que muda até a maneira de falar conosco. Você precisa estar atento a isto”, ressalta.
De frentista a gerente – Rayson Pereira Xisto tem apenas 25 anos e já comanda 22 frentistas. Ele é o gerente do posto Atem onde Everton e Carlos trabalham e sabe, como ninguém, a rotina dos frentistas porque esta foi sua primeira ocupação. Com uma carreira bem sucedida: ele começou como frentista, depois de um ano foi promovido a chefe de pista até chegar hoje a ser o gerente do posto.
Xisto concorda com seus colegas de trabalho, mas acredita que o principal atributo de um frentista é ter humildade para poder enfrentar as diferenças de humor dos clientes. “Encontramos pessoas maravilhosas, mas há também pessoas que acabam sendo grosseiras com você sem nenhum motivo”, conta, dizendo que uma de suas metas era a de reverter o humor dos clientes mais estressados.
Uma das histórias que Xisto se recorda é a do dia em que um cliente começou a atacá-lo com xingamentos só porque estava demorando a aprovação da compra no cartão. “Eu, calmamente, perguntei pra pessoa porque ela estava me tratando daquela maneira porque até aquele momento eu a tinha tratado com respeito. Ele se virou e contou que tinha acabado de flagrar sua esposa com outro homem. Foi aí que ele me pediu desculpas e percebeu que eu não tinha nada a ver com a história”.
Treinamentos em atendimento, segurança e saúde – O gerente de Recursos Humanos da Atem, Walney Bentes, disse que a empresa reconhece a importância dos frentistas nas operações como os profissionais que lidam diretamente com o consumidor final. Eles participam de cursos voltados para atendimento e também os obrigatórios que envolvem a segurança e a saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis (normas reguladoras do setor).
“O crescimento da Atem tem como base o empenho de uma equipe de profissionais qualificados e engajados. Isto acompanha toda a nossa cadeia de produção e operação onde também estão os frentistas, que são a porta de entrada para o consumidor final. Merecem todo o nosso respeito”, ressalta Bentes.