DA REDAÇÃO
MANAUS – |Os representantes das forças de segurança do Amazonas, da Polícia Federal, do Exército e da Marinha se reuniram na tarde desta quarta-feira (8), na sede da Polícia Federal, em Manaus, para anunciar que está constituído um gabinete de crise, formado por esses órgãos, para investigar o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira, ocorrido no último domingo. O gabinete está com homens, equipamentos e transportes aéreo, terrestre e fluvial para dar continuidade às buscas.
A reunião teve a presença do superintendente da Polícia Federal, Eduardo Fontes, do representante do Comando Militar da Amazônia, general Plácido e do 9º Distrito Naval, Almirante Ralf, além do secretário de Segurança Pública do Amazonas, general Carlos Alberto Mansur, dos coronéis Agenor, da PM, e Muniz, do Corpo de Bombeiros e o representante da Polícia Civil, Alessandro Albino.
De acordo com o comitê de crise, a operação de investigação e busca conta com 250 pessoas, aeronaves e embarcações, além de que, todos os órgãos envolvidos disponibilizaram especialistas em suas respectivas áreas, como os militares treinados em ambiente de selva. Também já está seguindo para o município de Atalaia do Norte um perito criminal para atuar nas linhas de investigação que vêm sendo desenvolvidas a partir da apreensão de materiais que podem ter ligação com o desaparecimento dos dois.
“Ainda não trabalhamos como hipótese de crime”, disse o secretário de Segurança Pública. “Estamos dedicando todo o esforço para encontrar o Phillips e o Bruno com vida”, destacou. Mas o secretário confirmou que houve apreensão de alguns materiais – que ele não identificou quais foram – e que se dará uma linha de investigação a partir disso.
Também foi confirmada a prisão de Amarildo Costa de Oliveira, 41, em flagrante por posse de munição de uso restrito e, também, de “uma porção de drogas”, segundo revelou o secretário. Mais cedo, o delegado da 50ª DIP, Alex Perez, informou que Amarildo estava sob a custódia da Polícia pelos fatos que levaram a sua prisão e que sua possível ligação com o caso estava sendo investigado. Amarildo teria sido visto “seguindo” a embarcação com os dois homens que estão desaparecidos, no último domingo. À polícia ele disse que não teve qualquer outro contato com os homens desaparecidos, além do visual.
De acordo com os relatos dos comandantes das forças que estão em Atalaia, as dificuldades da operação são imensas, porque o local é distante, com a presença de igarapés, igapós, áreas alagadas, braços de rio e outras características amazônicas agravadas pelo período de cheia.