COVID-19: Vacina é única proteção contra qualquer variante, dizem gestores da Saúde

A subvariante foi detectada em duas pessoas, em Manaus. FOTO: Reprodução.

DA REDAÇÃO

MANAUS – | O diagnóstico de dois casos de Covid-19 pela nova subvariante BA.2 da Ômicron, disparou sinais de alerta para a saúde pública do Amazonas e a necessidade de que os esquemas vacinais sejam completados, para fazer frente a um possível aumento de contágio. A variante BA-2 é considerada mais transmissível do que as anteriores, embora não haja dados, até o momento, que sugira que seja mais letal. A boa notícia é que, após um mês do diagnóstico de dois casos no Amazonas, não houve avanços da doença, o que é atribuído à vacinação.

Há consenso entre os gestores de saúde do Estado de que a vacinação é a única arma que pode deter o avanço da Covid-19. “Quero ressaltar que a única arma que temos contra essa doença, contra todas as variantes, continua sendo a vacinação. Portanto, atualizem seu esquema vacinal”, alertou o secretário de Estado da Saúde, Anoar Samad.

No mesmo tom, a diretora-presidente da Fundação de Vigilância da Saúde – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), Tatyana Amorim, afirma que o avanço da vacinação é o responsável por não haver associação da BA.2 com casos graves de Covid-19. “Por isso, temos que enfatizar a importância das pessoas atualizarem o esquema vacinal contra a Covid-19”, reitera.

A coordenadora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Amazonas (CIEVS-AM), vinculado à FVS-RCP, Josielen Amorim, destaca que, diante da identificação dos dois casos, os municípios estão sendo orientados sobre a necessidade de intensificar a vigilância epidemiológica da Covid-19, mantendo, inclusive, a testagem de pessoas sintomáticas.

“É preciso que as prefeituras atuem na ampliação da cobertura vacinal com esquema atualizado contra a Covid-19 e a população contribua com reforço as medidas não farmacológicas contra a infecção: etiqueta respiratória, lavagem das mãos e uso de álcool em gel”, destaca.

Secretário de Saúde, Anoar Samad. FOTO: Reprodução.

Subvariante no Amazonas – A subvariante BA.2 da Ômicron, do novo Coronavírus, tem dois casos confirmados no Amazonas, segundo nota distribuída pela Secretaria de Estado da Saúde e alerta enviado ao Centro de Informação de Vigilância Estratégica nacional.

Os pacientes são um homem e uma mulher, na faixa etária de 40 a 49 anos, da mesma família e residentes em Manaus, que foram atendidos no serviço de saúde, em 13 de abril passado. Ambos apresentavam sintomas de gripe e foram submetidos a teste de detecção da Covid-19. O homem e a mulher receberam diagnóstico positivo para o novo coronavírus e foram orientados a permanecerem em isolamento.

Na sexta-feira (13), completa um mês do atendimento e diagnóstico do casal e, mesmo assim, não foi registrado nenhum impacto no número de casos de Covid-19, no Estado, segundo o secretário da SES, Anoar Samad.

Histórico de variantes – Desde o início da pandemia de Covid-19, análises genéticas do SARS-CoV-2 em vários países e em diferentes momentos revelaram que o vírus sofreu diversas mutações.  A maior parte das mutações é neutra, entretanto, um pequeno número de mutações pode conferir novas propriedades químicas às proteínas virais, resultando em mudanças na forma como o vírus se comporta nas infecções.

O grupo de trabalho da OMS que acompanha a evolução do SARS-CoV-2, avaliando diversos fatores incluindo transmissibilidade, virulência, alterações fenotípicas e propagação, classificou as variantes circulantes globalmente em variantes de preocupação e variantes de interesse em saúde pública.

Uma dessas variantes foi originada em Manaus, a Gama (B.1.1.28.1). Um estudo de pesquisadores brasileiros identificou que, após a introdução da variante Gama do vírus SARS-CoV-2 no Amazonas, a participação de jovens e mulheres entre casos graves e mortes por Covid-19 aumentou. De acordo com os cientistas, houve uma maior incidência e aumento na proporção de casos entre jovens; aumento na proporção de mulheres entre os casos graves; e crescimento na taxa de mortalidade em pessoas de 20 a 59 anos hospitalizadas de ambos os sexos.

A variante Gama surgiu em novembro de 2020 em Manaus e se tornou a principal variante no território brasileiro dois meses depois. Os pesquisadores analisaram dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe, plataforma que também registra casos e óbitos relacionados à Covid-19 e compararam dois períodos de pico de casos no Amazonas: entre abril e maio de 2020 (46.342 casos e 3.094 mortes) e janeiro de 2021 (61.273 casos e 3.664 mortes), quando predominou a variante Gama.

Covid no Brasil – Até a manhã de sexta-feira (13), o Brasil tinha registrado 30.639.130 casos de Covid-19, com 21.344 novos casos. Também já foram registrados 664.641 óbitos, 125 novos. O grau de letalidade da doença, hoje, é de 2,2%.

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