Começou nesta terça-feira (7), a audiência de instrução do Caso Débora, jovem de 18 anos que foi assassinada enquanto estava grávida de 8 meses. O principal suspeito do crime é Gil Romero Machado, de 41 anos. Familiares e amigos de Débora se reuniram em frente ao Fórum Henoch Reis para acompanhar o início do processo. Com cartazes, eles pedem por justiça.
A vítima foi encontrada morta na manhã do dia 3 de agosto, dentro de um tonel em uma área de mata ao lado da usina Termelétrica de Mauá, na Zona Leste de Manaus.
Gil Romero, pai do bebê, é suspeito de cometer o crime. A principal hipótese para a motivação do duplo assassinato é de que o bebê seria fruto do relacionamento extraconjugal do suspeito com a vítima. Gil não reconhecia a paternidade da criança.
A mulher foi queimada e teve os pés cortados. Débora também tinha um pano no pescoço o que, segundo a polícia, indica que ela foi asfixiada.
À polícia, Gil Romero afirmou que retirou o bebê da barriga da mãe, já morta, e jogou o corpo no rio.
“Queremos que essa audiência ocorra e que a justiça seja feita o quanto antes! Esse homem merece pena máxima”, disse Rita de Cássia, tia de Débora.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam), a audiência acontece em ordem e em etapas que são divididas em dias.
Conforme a Lei nº 11.719, de 2008, no primeiro momento, a audiência de instrução segue os seguintes ritos:
- tomada de declarações do ofendido
- a inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código
- esclarecimentos dos peritos;
- acareações
- reconhecimento de pessoas e coisas;
- por último, interrogatório do acusado.
Na sexta-feira da semana passada, 3 de novembro, a família decidiu retornar à área onde o corpo de Débora foi encontrado. Após fazer buscas, os familiares encontraram uma ossada que acreditam ser do bebê.
O material foi enviado para perícia no Instituto Médico Legal (IML).