Artistas fazem experimentações online no projeto ‘Imersões/processos’

MANAUS – AM | Aulas virtuais, trabalho remoto, consultas médicas, quase todos os aspectos das relações sociais passaram a ser mediados pela Internet com a Covid-19. As artes cênicas já contavam com suportes tecnológicos antes, mas hoje o debate está sendo aprofundado. É a partir dessa premissa que o projeto “Imersões/processos”, coordenado pelo artista e gestor cultural autônomo, Francisco Rider, oferece seis semanas de imersões que debatem essas questões, com mostras dos processos aos finais de semana. As atividades irão até 7 de novembro, sempre nas plataformas virtuais Google Meet e Youtube.

O interesse do projeto é investigar aspectos fundamentais para artistas que têm o corpo como sua primeira linguagem artística, além da presença e da corporalidade. O projeto se organiza através de seis Imersões, com os artistas Célia Gouvêa (SP), Dimas Mendonça (AM), Francisco Rider (AM), Luciana Lara (DF), Marila Velloso (PR) e Rosa Primo (CE), em que haverá a troca e o compartilhamento de práticas com os participantes das Imersões.

Luciana Lara (DF) faz parte de uma das seis imersões do projeto e fará o treinamento de terça-feira a sábado. Foto: Lucas Brito/Divulgação

O foco de interesse nas Imersões de cada artista/mediador será pelo treinamento cênico corporal dos participantes, conectado com processos de criação. Cada Imersão tem em média 15 horas de duração, de segunda a sexta-feira (exceção da Luciana Lara – terça-feira a sábado), três horas por dia, em que os artistas/mediadores, com práticas e metodologias próprias, compartilharão suas investigações cênicas corporais com os participantes.

Aos finais de semana, sábados e domingos, a proposta é mostrar ao público os Processos desenvolvidos pelos participantes em cada Imersão. As Imersões e a Mostra dos Processos ocorrem nas plataformas Google Meet e Youtube.

As atividades são direcionadas para estudantes e profissionais das artes cênicas (dança, teatro, performance, circo), das artes visuais e pessoas interessadas que já tiveram experiências em práticas e processos de criação artística.

Todas as atividades serão gratuitas, com inscrições: enviar carta de interesse e mini-bio para dancarbrincarjogar@gmail.com. Os participantes receberão declaração de participação, com as devidas logomarcas das instituições envolvidas na realização do projeto.

Sobre

Francisco Rider nasceu em Manaus e desde 1980 vem atuando nas artes cênicas. Viveu e atuou artisticamente no Rio de Janeiro (1987-1989); São Paulo (1990-1996); e Nova York (1996-2006). Há 15 anos, retornou para Manaus.

Rider considera-se pesquisador criador desde criança. Ele é Mestre em Letras e Artes pelo Programa de Pós-Graduação em Letras e Artes da Universidade do Estado do Amazonas (PPGLA/UEA). Possui especialização em gestão Cultural pelo SENAC-SP. Estudou ainda na Escola Movement Research (Nova York, 1996-1998), com Bolsa de Aperfeiçoamento Artístico da Fundação Capes/MEC.

O artista tem apresentado suas obras cênicas e realizado mediações de oficinas, cursos e workshops nas cidades de Manaus, São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Palmas, Brasília, Porto Velho e Belém, e também no exterior, na cidade de Nova York (EUA), no Peru e em Portugal.

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