O amazonense Rafael Barcelos é um dos fundadores do Abare AI Bot, empresa especializada em Inteligência Artificial (IA) e desenvolvimento de ferramentas de fácil uso ao cidadão comum. A proposta do Abare é integrar a realidade do usuário com o incrível avanço da tecnologia de ponta. O primeiro produto, para uso no WhatsApp, já está em fase final e traz, como adicional, o dispositivo de segurança contra fake news.
Nascido em Manaus, Rafael começou a sua trajetória acadêmica na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), onde estudou Ciência da Computação. Logo em seguida, iniciou Mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 2008, foi contratado por uma grande empresa de TI e, desde então, reside em Seattle, nos Estados Unidos. Atualmente, em paralelo, desenvolve esse novo projeto, de forma autônoma e com mais quatro amigos brasileiros.
O projeto começou com a criação de protótipos de bots para Twitter, slack e emails, até identificarem problemas que poderiam ser facilmente solucionados com uma ferramenta dentro do WhatsApp. “Começamos primeiro a nos aprofundar na tecnologia e identificar quais seriam os casos de uso em que poderíamos aplicá-la. Depois, decidimos focar no WhatsApp. Desde então, estamos evoluindo com o serviço, através da adição de diversas funcionalidades agregadas” disse Rafael.
Rafael comenta que a ideia surgiu a partir das “dificuldades” encontradas por familiares e amigos quando interagiam no WhatsApp e da vontade de que todos tivessem acesso à tecnologia de ponta. “Por sermos da área de tecnologia, seguimos de perto os impressionantes avanços que estão acontecendo na área de IA, principalmente através de recentes lançamentos feitos pela empresa OpenAI (ex: ChatGpt, Whisper e DALL-e). Percebemos, também, que iria demorar um tempo para essa tecnologia de ponta chegar nas mãos da população em geral. Com isso, tivemos a ideia de usar as novas tecnologias para resolver esses problemas que tínhamos identificado”, relatou.
O primeiro produto da empresa é focado em integrar, de forma simples, um modelo de Inteligência Artificial de conversação entre o usuário e uma base de conteúdo vasta, fornecendo respostas apuradas e rápidas, no estilo do ChatGPT da OpenAI. Rafael afirma que o diferencial do projeto é democratizar a tecnologia de ponta e ajudar a melhorar a vida das pessoas, já que os outros dispositivos existentes não têm um valor de uso acessível.
“No momento, estamos tentando definir e encontrar qual será o modelo de cobrança, porque existe um custo de execução do serviço. Mas queremos que seja de uso popular, por isso, acessível. Queremos, no fundo, ajudar a melhorar a vida das pessoas e, ao mesmo tempo, ficar no zero a zero com os custos”, exemplificou.
Até o momento, todo o custo de desenvolvimento e operação do Abare AI vem sendo custeado pelos seus fundadores. Provavelmente, em breve, passarão a captar investimentos. Mas, hoje, a prioridade é para o desenvolvimento do serviço e como melhor atender às necessidades dos usuários, reforça Rafael Barcelos.
Os criadores pensaram no nome “abaré” para a empresa e para o projeto que estão desenvolvendo, pela similaridade que tem com o objetivo que esperam alcançar. O nome vem do tupi-guarani e significa gente-amiga. E o que a empresa pretende é ser um bot “amigo”, que utiliza tecnologia de Inteligência Artificial de ponta para ajudar pessoas comuns, que usam o WhatsApp todos os dias.
Fake news
Ele cita a segurança como outra vantagem do dispositivo que está desenvolvendo, pela capacidade de detectar fake news. “Estamos implementando uma forma de fazer a checagem de notícias, principalmente aquelas mensagens que são encaminhadas centenas de vezes durante o dia. Assim, dá para saber se a notícia é verdadeira ou falsa. Essa função está em fase de desenvolvimento, mas a ideia é fazer um serviço que o usuário não precisa pesquisar no google para saber se é fake news, e sim, pelo próprio WhatsApp, otimizando o tempo”, destaca.
Para mais informações sobre o projeto, acesse o site abareai.com
