O Estado do Amazonas registrou uma redução de 20% nos casos que envolvem mulheres vítimas de homicídio, no comparativo de 2022 e 2021, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Essa redução está entre os mais de 20 indicadores criminais que o Estado do Amazonas apresentou no Anuário de Segurança, em 2023.
Em termos absolutos, no ano de 2022, o Estado do Amazonas apresentou 88 casos de mulheres vítimas de homicídio, indicando uma queda de 20% em relação a 2021, quando foram registrados 109 casos.
Segundo o secretário de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), General Carlos Alberto Mansur, as forças de segurança têm atuado de forma integrada, por meio de ações planejadas.
“As Forças de Segurança do Estado estão atuando muito integradas, usando tecnologia, equipamentos modernos, inteligência e muita capacitação, com o objetivo de combater, em melhores condições, o crime em todo o Estado, principalmente o crime de homicídio. E graças a essas ações, o crime de homicídio, tendo como vítima a mulher, também teve redução”, destaca Mansur.
O Estado conta com três delegacias da Mulher na Capital, bem como, Delegacias Especializadas, que atendem esse tipo de ocorrência, nas cidades polos do interior. Todas têm recebido capacitação e treinamento.
“Também estamos trabalhando em conjunto com outros órgãos que têm algum tipo de ação com relação a prevenção. A própria SSP – AM possui um Departamento de Prevenção a Violência, que ajuda com palestras e apoio psicológico ”, destaca o General.
Dados nacionais
A violência contra a mulher cresceu em 2022, segundo o o relatório “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil” e o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Apesar da redução no índice de homicídios com vítimas mulheres no Amazonas, os feminicídios cresceram 6,1% em ano passado no Brasil, resultando em 1.437 mulheres mortas por serem mulheres.
Os homicídios dolosos de mulheres também cresceram (1,2% em relação ao ano anterior). Além dos crimes contra a vida, as agressões em contexto de violência doméstica tiveram aumento de 2,9% As ameaças cresceram 7,2% e os acionamentos ao 190 chegaram a 899.485 ligações, o que significa uma média de 102 acionamentos por hora.
Em 2022, os homicídios femininos também mostraram crescimento, chegando a 4.034 vítimas (aumento de 1,2% em relação a 2021). No país, 35,6% dos assassinatos de mulheres foram classificados como feminicídios e a maior proporção se deu no DF, mas foi no estado de Rondônia onde se constatou as maiores taxas do país, tanto a de feminicídios (3,1 vítimas por 100 mil habitantes), quanto a de homicídios femininos (11,2).
No Amazonas, a variação de tentativas de homicídios contra mulheres reduziu (-4,4%), mas as tentativas de feminicídio aumentaram 23,8%. Os casos de violência doméstica também aumentaram consideravelmente, de 1.917 em 2021 para 3.178 ano passado, o que representa alta de 92 ponto percentual. Os números que representam as ameaças às mulheres (64,4%), stalking (88,1%) e violência psicológica (45%) também seguem em alta.
